5º Encontro (Leitura e Processos de Escrita I - Unidades 13 e 14)

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Aula 23/06/2009

- Escolher o redator para registrar nossa aula (Ata) (pontos mais importantes/importante anotar as sugestões de aulas).

1ªparte - A professora escreve no quadro: Somos todos letrados ou todos alfabetizados nesta sala? E no Brasil?
2ª parte – Documentário Saberes e Sabores
3ª parte – DVD TV Escola “Leitura também é coisa de criança” “Para ser cidadão da Cultura Letrada”
4ª parte - Assunto da unidade;
5ª parte – Realização de uma tarefa do TP4;
6º parte –Relato da Lição de Casa;
7º parte – Avaliação da oficina;
8ª parte – Próxima aula.

1) A formadora, sem entrar no assunto do TP4, faz as perguntas às cursistas, e sem se aprofundar deixa-as pensando. Após coloca na tela as ideias sobre o que é Letramento e Alfabetização que mais apareceram como resposta quando perguntado no final da aula passada.
2) Sem ainda entrar no TP4 e sem ainda ter definido com as cursistas o que é Letramento e Alfabetização, a formadora passa um documentário sobre Saberes e Sabores.
3) A formadora, dando sequência, passa o DVD TV Escola sobre: “Leitura também é coisa de criança” “Para ser cidadão da Cultura Letrada” e aproveita a oportunidade para mostrar para as cursistas os DVDs 12, 17, 18 e 20, que elas podem usar como sugestão de aulas. Exemplo:
- DVD 12: Um Mundo Imerso em Palavras, O Poder das Histórias, Caminhos para Ler o Mundo.
- DVD 17: Análise do Poema de Manuel Bandeira
- DVD 18: Análise de Letras de Músicas
- DVD 20: Construção coletiva de uma história; Carta de intenções; Escolhendo livros na biblioteca; Hora do jogo; Conto de fadas; Trabalhando com poemas,...
4) A formadora expõe os tópicos mais relevantes das unidades 13 e 14 e as cursistas interagem.
Neste momento confrontamos o que dissemos sobre Letramento e Alfabetização (no final da aula passada) com o que diz o TP4 – Unidades 13 e 14, e nos autoavaliamos fazendo as alterações necessárias na nossa lista sobre o que é Letramento e Alfabetização.
5) Realização de uma Lição de Casa.
6) Uma cursista de cada vez expõe como foi sua tarefa (o que deu certo, o que não deu... Enquanto isso os colegas escutam e anotam suas opiniões para, após, dar sugestões à colega ou parabenizá-la. (Escolhemos 3 cursistas)
7) Avaliação coletiva.
8) Explicação da próxima aula.


RESPOSTAS DAS CURSISTAS SOBRE O QUE É LETRAMENTO E O QUE É ALFABETIZAÇÃO (AINDA NESTE MOMENTO NÃO ESCLARECEMOS SE ESTA CERTO OU ERRADO)

O que é Letramento?

- são a percepção, decifração e representação dos sinais gráficos.
- é ter o contato com o texto.
- é saber que existe uma forma escrita de comunicação.
- é a identificação das letras.
- é a apresentação do mundo das letras.
- são textos que levam o aluno à alfabetização.
- é o mergulho no mundo das letras, saber o poder das palavras.
- é ler sem ver sentido
- é adquirir competência dentro da língua (difusão e aquisição de cultura)


O que é Alfabetização?

- é a leitura fluente, a escrita e a compreensão das diferentes situações comunicativas.
- é saber interpretar essa forma de comunicação escrita, compreender a idéia, a intenção do texto.
- é o domínio da leitura e da escrita.
- é o começo a aprendizagem (saber ler e escrever)
- é usar o conhecimento das letras e das palavras no cotidiano
- é ler e interpretar
- é conhecer as letras
- conhecer as letras e os sinais gráficos, saber escrever.
- é decodificar os símbolos.

RESPOSTAS DAS CURSISTAS SOBRE O QUE É LETRAMENTO E O QUE É ALFABETIZAÇÃO APÓS SOCIALIZAÇÃO DAS IDEIAS.

O que é Letramento?

- é o mergulho no mundo das letras, saber o poder das palavras;
- é adquirir competência dentro da língua (difusão e aquisição de cultura);
- é a leitura reflexiva, a escrita e a compreensão das diferentes situações comunicativas;
- é saber interpretar essa forma de comunicação escrita, compreender a ideia, a intenção do texto.


O que é Alfabetização?

- é o domínio da leitura e da escrita no sentido de decodificação e reconhecimento as palavras e letras;
- é o começo da aprendizagem (saber ler e escrever);
- é usar o conhecimento das letras e das palavras no cotidiano como decodificação e reconhecimento destas;
- é ler e interpretar;
- é conhecer as letras;
- conhecer as letras e os sinais gráficos, saber escrever;
- é decodificar os símbolos.

TÓPICOS:

- O objetivo principal do ensino e aprendizagem da língua portuguesa na escola é a leitura e produção de textos.
- Letramento é um processo de aquisição que se dá a vida toda.
- A leitura não é só decodificação.
- O leitor não é passivo.
- De acordo com os conhecimentos prévios haverá emoções, reflexões, nada será inconsciente.
- Decodificação – sentido – significado = relação conhecimento com a compreensão.
- Interpretação para chegar na Compreensão = Alfabetização para chegar no Letramento.
- O processo da leitura se dá pela interação do leitor com o texto não é só decodificação dele, é o processo de reconhecimento dos sentidos dele. É reconhecer significados explícitos e implícitos da intencionalidade do texto e do meu conhecimento prévio.
- O significado do texto não está só nele. Ele depende das condições da leitura e do leitor.

Processo da leitura


DECODIFICAÇÃO

LEITOR Significado da leitura TEXTO



CONHECIMENTOS PRÉVIOS INTENÇÃO


INTER RELAÇÃO


- Existe o indizível do escritor.
- Existe o indefinível para o aluno.
- A alfabetização (escrita alfabética) serve ao letramento. O letramento é a contextualização da alfabetização.
- O letramento considera tanto a leitura como a escrita como práticas sociais e é a base para todo o ensino a partir de textos. Por isso é mais abrangente que a alfabetização e tem estreita relação com a cultura.
- O letramento indica as funções e usos sociais da leitura e da escrita.
- Quando trabalhamos leitura e escrita a partir de uma perspectiva de letramento temos um processo de ensino aprendizagem que busca as questões sociais, situações sociocomunicativas e a necessidade de interação entre o conhecimento trazido pelo leitor e o conhecimento novo trazido pela intenção do texto. Fazer uma reflexão sobre as práticas sociais. Isso é ler o mundo. Isso é ser letrado.
- Conhecer as letras e palavras é ser alfabetizado. Interagir com as palavras é ser letrado.
- Trabalhar a leitura e a escrita de forma eficiente depende do desenvolvimento de atividades que nos levem a praticar e refletir sobre as diferentes situações sociocomunicativas, os gêneros, as técnicas de leitura e escrita, dependendo dos objetivos e dos temas propostos.
- Satisfazer a curiosidade. A curiosidade como forma de despertar o interesse pela leitura. Criar a leitura significativa implica criar nos alunos motivos para ler. Sentir necessidade de ler.
- Quando trabalhamos a partir da reflexão sobre os textos e a função que a escrita exerce em dada situação estamos privilegiando um olhar cultural sobre a língua (letramento)
- Ler o mundo é um dos fatores que influenciam no desenvolvimento do conhecimento sobre os usos e funções da escrita. (diferentes gêneros textuais) Função comunicativa
- O letramento se refere aos modos que a escrita se apresenta na nossa sociedade, seus usos e suas funções nas diferentes situações comunicativas em que é utilizada.
- Em nossa sala de aula devemos ensinar, discutir e criticar os usos e funções da escrita a partir da observação do meio em que vivemos.
- Quando tratamos a escrita a partir da perspectiva do letramento temos que considerar o papel que essa exerce na comunidade. As formas em que se apresenta na nossa cidade, os gêneros textuais que são preferidos pela comunidade...
-Compreensão e leitura exemplificam bem letramento e alfabetização:
(...) a compreensão é um ato interpretativo e criativo, determinado pelas intenções e pelo conhecimento prévio de quem le não somente pelas palavras de quem escreve.
O ler esta relacionado com o reconhecer as palavras e os significados.
A compreensão do texto utiliza essas palavras para construir imagens, pensamentos, reflexões, raciocínios.
-É importante construir nossas aulas numa sequência utilizando os recursos da oralidade escrita e leitura de forma processual. Da mesma forma, de acordo com a situação que estamos interagindo e os objetivos da comunicação utilizamos os gêneros de forma diferenciada.
- Objetivos da leitura: eles é que definem não só a procura do texto a ser lido mas também os procedimentos de leitura e a compreensão dele, alem d empenho feito no ato de ler.


“Aprender não é ouvir é estar envolvido”.

ATA do 4º ENCONTRO

Aos dezesseis dias do mês de junho de dois mil e nove o grupo Gestar II de Língua Portuguesa de Dom Pedrito-RS encontrou-se para discutir as unidades 11 e 12 do TP3.
Para dar início às atividades a formadora dividiu o grande grupo em dois grupos menores: um de observação e o outro de verbalização. O grupo de verbalização deveria comunicar-se tentando classificar e organizar os textos expostos em uma mesa. O grupo de observação deveria acompanhar a conversa entre as colegas para depois, num segundo momento, socializar o que observou, como por exemplo: dificuldades para classificar os textos;o que considerar do texto para classificá-lo; como classificá-lo...
Após a tarefa foi constatado que muitos textos são misturados:podem possuir mais de uma sequência tipológica, mas que sempre há predominância de uma, pois o texto tem uma intenção por trás de sua estrutura e de suas palavras. A partir dai a socialização das unidades 11 e 12 foi se contruindo, bem como sua compreensão, como:
- Estrutura x Intenção;
- Planejamento;
- Escolha do texto de acordo com a intenção do professor;
- Plano composicional;
- A Lição de Casa,...

Avaliação da aula

Houve muitas experiências compartilhadas para entender melhor as variações nos trabalhos, adequação a cada turma ou realidade...Sugestões variadas que vieram a enriquecer nossas práticas em sala de aula quanto à escolha de gêneros e tipos textuais.

4º Encontro (Gêneros e Tipos Textuais - Unidades 11 e 12)

segunda-feira, 22 de junho de 2009

4º Encontro


Aula 16/06/2009

- Escolher o redator para registrar nossa aula (Ata) (pontos mais importantes/importante anotar as sugestões de aulas).

1ª parte – Realização de uma tarefa;
2ª parte – Assunto da unidade;
3º parte –Relato da Lição de Casa;
4º parte – Avaliação da oficina;
5ª parte – Próxima aula.

1) A formadora apresenta uma técnica. Textos previamente escolhidos para as cursistas analisarem e classificarem. Dividir a turma em GO (grupo de observação )e GV (grupo de verbalização). Depois da técnica, o GO expõe o que observou sobre o GV: como foi feita a classificação dos textos, as dificuldades encontradas, os comentários mais relevantes durante a ralização da tarefa,a classificção foi feita por tipologias ou genêros, houve dificuldade na hora divisão, o que é necessário para escolher um texto...
2) A formadora expõe os tópicos mais relevantes das unidades 11 e 12 e as cursistas interagem.
3) Uma cursista de cada vez expõe como foi sua tarefa (o que deu certo, o que não deu... Enquanto isso os colegas escutam e anotam suas opiniões para, após, dar sugestões à colega ou parabenizá-la.
4) Avaliação coletiva.
5) Explicação da próxima aula.


Tópicos:


- Primeiro momento foco nas tipologias textual;



SEQUÊNCIAS TIPOLÓGICAS (FINITOS)




NARRATIVO
DISSERTATIVO (exposição/argumentação)
DESCRITIVO
PREDITIVO
INJUNTIVO

DOMINIO DISCURSIVO


GÊNERO LITERÁRIO (fruição estética)
GÊNERO NÃO LITERÁRIO (utilitários)


- Objetivos sempre socio comunicativos adequados a cada situação, por isso organizamos nossos textos de várias maneiras diferentes. Isso corresponde aos gêneros textuais.

- Reconhecimento do que aprendemos intuitivamente sobre as situações socio comunicativas em que trabalhamos com a linguagem.

- Tipos mais frequentes que trabalhamos na escola descritivo e narrativo;

- Os gêneros e os tipos são “misturados”. Não aparecem puros em um texto. Trabalhamos com a predominância de um. Isso chamasse sequência tipológica;

- A sequência tipológica é definida pelos trechos do texto que apresentam um certo padrão de organização das estruturas linguísticas.(uso da gramática)

- Observar na pag. 99 (O drama da geada) como as sequências narrativas e descritivas se entrelaçam. O gênero é literário. Certo? E a predominância da tipologia? (Tipologia narrativa/Gênero Literário = Conto)

- A leitura sempre nos mostra o foco principal através da sua organização de ideias. É o conjunto de ações que conduzem a uma determinada situação.

- A maioria dos textos se organizam assim: intercalando sequências tipológicas. O importante é saber que um tipo se destaca para servir de fio condutor à interpretação do leitor e à intenção do autor.

- Nos textos de predominância narrativa percebemos mudança de estado, ordem nos eventos. Faz o leitor saber dos fatos. Exige uma sequência lógica, cronológica dos fatos. Apoia-se em fatos, personagens, tempo e espaço. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. Relação de causa e efeito. Bom para trabalhar verbos, tempos verbais, advérbios, conjunções...

- Nos textos de predominância descritiva percebemos que o mais importante são as características das coisas, a intenção do autor é levar o leitor a compor mentalmente uma cena ou uma imagem, portanto aqui a seguência pode ser aleatória (espácio-temporal) . Bom para trabalhar adjetivos.

- Será sempre necessária a compreensão global do texto para detectarmos as “pistas” gramaticais que justificam uma classificação tipológica predominante.

- Podemos concluir que os tipos textuais são definidos de acordo com as diferenças na maneira de organizar as ideias. Além de enfatizarmos ora características, ora ações, também utilizamos classes gramaticais, expressões e palavras diferentes em um ou em outro tipo textual.

- As tipologias injuntiva e preditiva muitas vezes aparecem de forma secundária nos textos, por isso são tão poucos explorados pelos professores.

- Nos textos injuntivos pedimos, convocamos ou ordenamos. O objetivo deste tipo de texto é levar o leitor a fazer alguma coisa. Bom para trabalhar vocativo, modo imperativo (cartas, bilhetes, bula, placas...)

- O aluno não precisa conhecer o nome INJUNTIVO, mas o professor precisa trabalhar os gêneros textuais que comportam esta tipologia porque ela é muito presente no nosso dia a dia.

- O mesmo acontece com a tipologia preditiva. Ela é muito comum nos gêneros conhecidos como horóscopos, previsão de tempo, por exemplo. Os textos preditivos são caracterizados por predizer alguma coisa, ou levar o leitor a crer em alguma coisa. Bom para estudar o futuro.

- A dissertação é a tipologia mais explorada em sala de aula. Esta tipologia caracterizasse por analisar e interpretar dados ou fatos (tem um tema) de uma realidade, usando para isso conceitos abstratos, pontos de vista, reflexão. A reflexão em cima dos fatos e dados são mais relevantes. Trabalhar coesão e coerência pois aqui a ordem dos fatos não é o mais importante e sim a conexão entre elas. Além de verbos, conjunções, preposições, orações, regências...

- A dissertação pode ser expositiva ou argumentativa. Quando temos um resumo (gênero não literário) onde as ideias podem ser aceitas, independentemente de crenças ou convicções estamos diante de um texto dissertativo expositivo. (objetivo de esclarecimento). Quando essas ideias dependem da minha aceitação, da minha visão de mundo, exige dom leitor uma posição, estamos diante de uma dissertação argumentativa (gênero não literário = crônica). (objetivo de convencimento)


- Segundo momento = Gênero e tipos textuais (conversar sobre a técnica do começo da aula)

Plano composicional

Interior do texto = tipologia - organização linguística e
Exterior do texto = gênero - estrutura linguística/socio comunicativa)


- Analise da pag. 155.

- A intertextualidade acontece entre tipo e entre gêneros pg 165.


Quem lê tem ideias. Internaliza os conhecimentos. Lê as linhas e as entre linhas.

- Próxima aula:

Ainda na aula a professora pede para as cursistas escreverem em um papel:

- O que é letramento?
- O que é alfabetização?

Recolher a tarefa e pedir para as cursistas lerem o TP4 unidades 13 e 14.

- No começo da próxima aula a professora coloca no quadro uma síntese do que apareceu como resposta a Letramento e Alfabetização no dia 16/06 e faz a mesma pergunta na próxima aula, após a leitura do TP4 e compara as respostas para analise das cursistas.

ATA DO 3º ENCONTRO

segunda-feira, 15 de junho de 2009

OBS: Peço sempre que uma das cursistas seja a redatora da semana para que, após a aula, eu possa observar o que de mais importante ficou registrado por elas. Segue o relato das cursistas...

Aos nove dias do mês de junho de dois mil e nove, realizou-se nas dependências da Unipampa, o terceiro encontro do GESTAR II, das 18 horas às 22 horas onde foram observados os seguintes assuntos:
1) A formadora identificou os AAA3 (versão professor e aluno) como material referente ao TP3, ou seja, estes contém o mesmo assunto: Gêneros e Tipologias textuais para serem usados com nossos alunos;
2) Os textos nos produzem emoções diferentes, por isso devemos escolher os gêneros adequados a cada intenção. (intenção sociocomunicativa)
3) Devemos desenvolver a habilidade de cada aluno de compreender os diversos gêneros textuais, não sua nomenclatura, mas sim suas funções sociais. todos os alunos são capazes de interpretar um texto a partir do processo intuitivo (pré conhecimento). Devemos ensiná-los a ler as entre linhas, a intenção socio cominicativa. Construção de um sujeito ativo e crítico.

Avaliação da aula:

A aula foi produtiva, com muita troca de experiências abordada a partir das práticas (lição de casa). Debatemos as técnicas usadas, refletimos sobre nossas práticas, sobre nossas dificuldades e nos ajudamos a encontrar possíveis soluções.

Reportagens da Nova Escola usadas no 3º Encontro

domingo, 14 de junho de 2009

Produzir texto sem escrever

Ao desempenhar o papel de escriba e pedir que os estudantes criem oralmente um texto, o docente trabalha o comportamento escritor, as diferenças entre a linguagem oral e a escrita e a importância de sempre revisar o que é produzido, individual ou coletivamente
Anderson Moço (novaescola@atleitor.com.br)
WriteAutor('Anderson Moço');
PROFESSORA ESCRIBA Os alunos produzem um texto sobre os polos norte e sul, ditando as informações que pesquisaram em duplas. Foto: Marcos Rosa
Por anos, o ditado foi patrimônio do professor: um texto ou uma lista com o propósito de avaliar se a turma sabia escrever de acordo com as regras da ortografia. Isso mudou – tanto nos objetivos como na forma. Hoje, uma das quatro situações didáticas previstas pelos principais programas oficiais de alfabetização inicial é pedir que os alunos produzam textos oralmente para se perceberem capazes de escrever antes de estarem alfabetizados. Livres de questões relacionadas à grafia e ao sistema de representação, eles se concentram nos desafios da produção do texto: a definição do conteúdo, a adequação a um gênero e a organização da linguagem escrita. “É importante criar espaços para que as crianças usem a linguagem escrita antes de ler e escrever, pois o conhecimento do sistema alfabético não é pré-requisito para a produção de texto, ou seja, não é preciso saber grafar as letras para organizar as ideias tal como se escreve”, explica Silvana Augusto, formadora do Instituto Avisa Lá e professora do Instituto Superior de Ensino Vera Cruz, ambos em São Paulo. A criança que não sabe escrever de forma convencional está diante de uma situação-problema que permite a ela observar o desenvolvimento de seu processo de aprendizagem e da compreensão da linguagem escrita.
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Projetos Didáticos
Indicação literária
Reescrita de histórias conhecidas
Texto informativo sobre filhotes
A elaboração de um texto vai muito além do registro gráfico. Durante o ditado para o professor, os alunos comandam a produção do texto no conteúdo e na forma – por meio das leituras e releituras do que já foi escrito – e fazem adequações na produção: incluem pausas, ritmo e velocidade, repetem partes quando necessário e distinguem o que dizem para ser escrito do que dizem como interlocutores, mudando o tom de voz. O texto que será grafado pelo professor precisa ter uma função comunicativa definida (a produção de um bilhete, a recomendação de um livro lido etc.). Essa situação didática deve fazer parte da rotina da alfabetização inicial, contemplando diferentes gêneros. Indicação literária
Neste trabalho, o professor:
• Oferece às crianças espaço de troca de experiências e preferências. • Seleciona um material de leitura de significativo valor estético. • Propõe a produção de texto com propósitos comunicativos claros.
Diário da professora Carlene Fernandes Lima - Após a leitura de um livro que as crianças adoraram, pedi que elas me ditassem um texto de indicação literária, que anotei no quadro-negro. Na hora da revisão, elas foram percebendo expressões repetidas no texto e frases que precisavam ser alteradas, sugerindo como melhorar a narrativa. Fotos Marcos Rosa
Uma atividade de ditado para o professor que não deve ficar fora do planejamento das aulas diz respeito à produção de textos de indicação literária, nos quais as crianças expõem sua opinião e aprendem a reconhecer e expressar preferências como leitoras. Elas ditam seu parecer sobre o material e os motivos para recomendar essa leitura. “É um comportamento usual entre as pessoas indicar os livros de que gostam mais. Ao fazer isso, a criança desenvolve critérios para a formação das preferências”, ressalta Silvana Augusto (leia o projeto didático). A produção precisa ter um destinatário real. Na EE Nelson Fernandes, em São Paulo, as indicações literárias fazem parte do planejamento de toda a escola. Semanalmente, as crianças escolhem uma das leituras realizadas para que seja produzida uma recomendação, que será encaminhada a outras turmas. No começo do ano, os alunos da 1ª série contam com a ajuda do professor para escrever o texto. Foi o que aconteceu com a sala da alfabetizadora Carlene Fernandes Lima após a leitura de A Fantástica Fábrica de Chocolate, do escritor galês Roald Dahl. Por ser um livro grande, a professora passou mais de uma semana lendo diariamente um ou dois capítulos de cada vez. Terminada a leitura, Carlene abriu a conversa, estimulando a turma a expor suas ideias. O debate foi acalorado, as crianças se identificaram com o personagem principal, o menino Charlie, e partiu delas mesmas a iniciativa de escrever uma recomendação para a 1ª série C, prática que elas já estavam acostumadas a realizar. – Como vamos começar esse texto? – perguntou a professora. – A gente tem de contar um pouco da história para que eles também tenham vontade de ler – disse um aluno. Todos, então, passaram a ditar uma descrição do enredo, muitas vezes utilizando expressões que tinham visto no livro. A cada nova passagem, Carlene relia o que estava escrito. “O papel do professor aqui é fundamental, pois, ao escrever no quadro-negro, ele explicita aos estudantes os comportamentos próprios de quem escreve”, ressalta Silvana. Ele deve chamar a atenção sobre a estrutura, negociar significados e propor a substituição de palavras repetidas. Expressões como “e”, “aí” e “daí” (marcas da oralidade) precisam ser trocadas por outras mais adequadas à linguagem escrita e que marquem a temporalidade e a causalidade, como “de repente”. Por fim, os pequenos ditaram os motivos que os levaram a escrever aquela recomendação e utilizaram expressões que estavam nos modelos de indicação literária que Carlene havia mostrado. – Vamos colocar que esta é uma história encantadora e envolvente, que não deixa a gente perder a atenção – ditou uma das crianças. Reescrita de história Neste trabalho, o professor: • Aborda questões relacionadas ao gênero e às características da linguagem escrita. • Desenvolve o comportamento leitor: planejar, textualizar e revisar. • Permite aos alunos que se sintam escritores e produtores de texto antes de saber grafá-lo.
Diário da professora Rozangela Barbosa Cardoso - Depois de lermos na sala de aula vários livros com bruxas como personagens, os alunos produziram uma versão própria. Num segundo momento, pedi que eles retomassem a história, pois uma parte tinha ficado confusa. Para melhorar o texto, eles encontraram respostas nos livros lidos, em que viram como os autores resolvem problemas semelhantes. Fotos Ivan Amorim
As atividades de reescrita de textos diversos favorecem a apropriação das características da linguagem escrita, dos gêneros, das convenções e das formas. Planejadas com o objetivo de eliminar algumas dificuldades inerentes à produção de textos, consistem em recriar algo com base no que já existe. “A reescrita não equivale a uma cópia porque a criança fará uma versão pessoal do texto fonte”, explica Silva Augusto. No livro Aprender a Ler e Escrever, a pesquisadora argentina Ana Teberosky afirma que a orientação que se dá para a utilização do texto-modelo pressupõe que aprender a escrever é, sobretudo, aprender a reescrever. Antes de propor essa atividade, o professor deve realizar situações de leitura de diferentes textos de um mesmo gênero para a ampliação do repertório linguístico dos alunos e a apropriação de suas características. Foi o que fez Rozangela Barbosa Cardoso, da EM Sebastião de Mattos, em Umuarama, a 580 quilômetros de Curitiba. Professora da 2ª série, no início do ano ela se deparou com uma situação comum nas escolas brasileiras: menos de um terço de seus alunos estava no nível alfabético. Rozangela desenvolveu um projeto de reescrita de histórias de bruxas. Em um primeiro momento, ela explicou que eles produziriam coletivamente um conto sobre bruxas e iniciou a leitura de diversos livros que tinham essa personagem. A cada conto finalizado, uma roda de conversa sobre o texto era realizada. Depois a professora pediu que eles destacassem oralmente o que caracteriza uma história de bruxa. Ela escreveu no quadro-negro uma lista intitulada “Nas histórias de bruxas tem...” para que os alunos pudessem consultar as características que haviam encontrado. O próximo passo foi começar a produzir o texto. – Começa por “era uma vez”, professora – disse um dos alunos. – Mas será que a gente não consegue encontrar outro começo? Esse não é muito comum? Nas histórias que lemos, como os autores fizeram? – indagou a professora. – Eles usam outras palavras. Que tal “um certo dia”? – propôs outra criança. Esse tipo de intervenção da professora é de grande valia nas situações de produção. É importante ajudar a turma a perceber como se trabalha um texto, que tipo de reflexão deve ser feita na hora de escolher a forma e a sequência dos fatos e destacar as questões de estilo e de efeito que deve provocar no leitor (leia o projeto didático). Os estudantes continuaram ditando a história até que a primeira versão fosse finalizada. No dia seguinte, a professora retomou a produção, relendo, grifando passagens e propondo que juntos tentassem melhorar o texto. Terminada a segunda versão, Rozangela digitou no computador a história e, em outra aula, entregou uma cópia para cada um deles, pedindo que revisassem e tentassem encontrar partes que ainda precisavam ser trabalhadas. “As crianças perceberam que precisávamos melhorar a coerência da narrativa para que o leitor não tivesse dúvidas. Sugeri que eles procurassem nos livros como os autores resolvem esses problemas. Depois da pesquisa, eles pediram, então, para alterar algumas expressões e acrescentar novas frases para que a história ficasse mais redonda.” Texto informativo Neste trabalho, o professor: • Propõe a pesquisa e a busca de informações. • Explora as características do texto de caráter científico e informativo. • Amplia o universo de conhecimento e informação do aluno acerca de um tema específico.
Diário da professora Anna Lúcia Schneider - Pedi que os estudantes pesquisassem nos livros informações sobre os polos norte e sul para saber como vivem ali as pessoas e os animais. Eles trabalharam em duplas e um deles ficou com a tarefa de escrever o que ambos julgaram importante. Com os dados coletados na pesquisa e a leitura feita por mim, eles produziram um texto informativo sobre avida de um bicho. Fotos Marcos Rosa
É muito importante que desde cedo os alunos tenham contato com uma boa variedade de textos informativos e de caráter científico, pois eles permitem o acesso a informações diversas e contribuem para o aprendizado dos procedimentos de pesquisa e de estudo. Saber extrair informações de textos e aprender com eles é uma condição para se tornar estudante. A atividade de produção do texto oral com destino escrito no gênero informativo é fundamental na alfabetização inicial, seguindo as pesquisas mais consistentes na área. “Ao participar desse tipo de situação de escrita, utilizando a linguagem, a organização e as expressões características, o estudante passa a se familiarizar com as maneiras de buscar e apresentar informações”, explica Silvana Augusto. Além disso, ele tem mais uma oportunidade de analisar e refletir sobre o sistema de escrita e ainda entra em contato com informações variadas, explicações e curiosidades (leia o projeto didático). Na Escola Alecrim, em São Paulo, a professora Anna Lúcia Schneider propôs um projeto sobre os polos norte e sul. Primeiro, ela explicou que o produto final da atividade seria um livro ilustrado e que cada um receberia uma cópia. Depois, tentou descobrir o que o grupo conhecia sobre o tema. Ela levou livros com informações sobre as regiões e os animais e pessoas que vivem nelas. Em seguida, formou duplas e pediu que cada uma pesquisasse sobre um aspecto dos polos (animais, clima etc.). Ela circulava pela sala para ver se alguém precisava de ajuda. Todos eram estimulados a trocar informações e a mostrar para os colegas o que haviam descoberto. O passo seguinte foi a escrita coletiva. A cada texto finalizado, Anna Lúcia propunha uma discussão. As informações estão de acordo com o que lemos? Será que o leitor vai entender o que queremos dizer? Eles consultavam os livros para checar se estava tudo certo e se havia uma maneira melhor de construir o texto. O trabalho com produção escrita deve ser uma prática continuada, na qual se reproduz o contexto cotidiano em que escrever tem sentido. É percebendo a função social da linguagem escrita, as características do comportamento escritor e a importância de trabalhar o texto que a criança vai avançar na compreensão da linguagem que usamos para escrever.



Escrever de verdade


Para produzir textos de qualidade, seus alunos têm de saber o que querem dizer, para quem escrevem e qual é o gênero que melhor exprime essas ideias. A chave é ler muito e revisar continuamente
Thais Gurgel (novaescola@atleitor.com.br)
WriteAutor('Thais Gurgel ');
Colaborou Tadeu Breda
TEXTOS DE QUALIDADE Editorial, biografia, fábula e conto. Para redigir textos com significado, alunos de São Paulo, do Recife e do Rio de Janeiro leram o gênero estudado e aprenderam a planejar o que vão produzir e a revisar o material antes que ele possa circular entre colegas e familiares. Foto: Marcos Rosa
Narração, descrição e dissertação. Por muito tempo, esses três tipos de texto reinaram absolutos nas propostas de escrita. Consenso entre professores, essa maneira de ensinar a escrever foi uma das principais responsáveis pela falta de proficiência entre nossos estudantes. O trabalho baseado nas famosas composições e redações escolares tem uma fragilidade essencial: ele não garante o conhecimento necessário para produzir os textos que os alunos terão de escrever ao longo da vida. “Nessa antiga abordagem, ninguém aprendia a considerar quem seriam os leitores. Por isso, não havia a ref lexão sobre a melhor estratégia para colocar uma ideia no papel”, resume Telma Ferraz Leal, da Universidade Federal de Pernambuco.
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Para aproximar a produção escrita das necessidades enfrentadas no dia-a-dia, o caminho atual é enfocar o desenvolvimento dos comportamentos leitores e escritores. Ou seja: levar a criança a participar de forma eficiente de atividades da vida social que envolvam ler e escrever. Noticiar um fato num jornal, ensinar os passos para fazer uma sobremesa ou argumentar para conseguir que um problema seja resolvido por um órgão público: cada uma dessas ações envolve um tipo de texto com uma finalidade, um suporte e um meio de veiculação específicos. Conhecer esses aspectos é condição mínima para decidir, enfim, o que escrever e de que forma fazer isso. Fica evidente que não são apenas as questões gramaticais ou notacionais (a ortografia, por exemplo) que ocupam o centro das atenções na construção da escrita, mas a maneira de elaborar o discurso (leia o quadro abaixo).
Expectativas de aprendizagem
No que se refere à escrita, é importante que, no fim do 5º ano, o aluno saiba: • Re-escrever e/ou produzir textos de autoria utilizando procedimentos de escritor: planejar o que vai escrever considerando a intencionalidade, o interlocutor, o portador e as características do gênero; fazer rascunhos; reler o que está escrevendo, tanto para controlar a progressão temática como para melhorar outros aspectos – discursivos ou notacionais – do texto. • Revisar escritas (próprias e de outros), em parceria com os colegas, assumindo o ponto de vista do leitor com intenção de evitar repetições desnecessárias (por meio de substituição ou uso de recursos da pontuação); evitar ambiguidades, articular partes do texto, garantir a concordância verbal e a nominal. • Revisar textos (próprios e de outros) do ponto de vista ortográfico. Ao concluir o 9º ano, o estudante precisa estar apto também a: • Compreender e produzir uma variedade de textos, tendo em conta os padrões que os organizam e seus contextos de produção e recepção. • Utilizar todos os conhecimentos gramaticais, normativos e ortográficos em função da otimização de suas práticas sociais de linguagem. • Exercer sobre suas produções e interpretações uma tarefa de monitoramento e controle constantes. • Interpretar e produzir textos para responder às demandas da vida social enquanto cidadão.Fonte: Secretaria de Estado de Educação de São Paulo e Diseño Curricular de la Educación Secundaria da Província de Buenos Aires, Argentina
Há outro ponto fundamental nessa transformação das atividades de produção de texto: quem vai ler. E, nesse caso, você não conta. “Entregar um texto para o professor é cumprir tarefa”, argumenta Fernanda Liberali, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. “Escrever não é fácil. Para que o aluno fique estimulado com a proposta, é preciso que veja sentido nisso.” O objetivo é fazer com que um leitor ausente no momento da produção compreenda o que se quis comunicar – e esse desafio requer diferentes aprendizagens.O primeiro passo é conhecer os diversos gêneros. Mas é preciso atenção: isso não significa que os recursos discursivos, textuais e linguísticos dos contos de fadas e da reportagem, por exemplo, sejam conteúdos a apresentar aos alunos sem que eles os tenham identificado pela leitura, como ressalta Delia Lerner no livro Ler e Escrever na Escola. Um primeiro risco é o de cair na tentação de transmitir verbalmente as diferentes estruturas textuais. De acordo com a pesquisadora em didática, cabe a todo professor permitir que as crianças adquiram os comportamentos do leitor e do escritor pela participação em situações práticas e não “por meras verbalizações”.Ensinar a produzir textos nessa perspectiva prevê abordar três aspectos principais: a construção das condições didáticas, a revisão e a criação de um percurso de autoria, como se pode ver a seguir.Os textos redigidos em classe precisam de um destinatário“Escreva um texto sobre a primavera.” Quem se depara com uma proposta como essa imediatamente deveria se fazer algumas perguntas. Para quê? Que tipo de escrita será essa? Quem vai lê-la? Certas informações precisam estar claras para que se saiba por onde começar um texto e se possa avaliar se ele condiz com o que foi pedido. Nas pesquisas didáticas de práticas de linguagem, essas delimitações denominam-se condições didáticas de produção textual. No que se refere ao exemplo citado, fica difícil responder às perguntas, já que esse tipo de redação não existe fora da escola, ou seja, não faz parte de nenhum gênero.De acordo com Bernard Schneuwly e Joaquim Dolz, o trabalho com um gênero em sala de aula é o resultado de uma decisão didática que visa proporcionar ao aluno conhecê-lo melhor, apreciá-lo ou compreendê-lo para que ele se torne capaz de produzi-lo na escola ou fora dela. No artigo Os Gêneros Escolares – Das Práticas de Linguagem aos Objetos de Ensino, os pesquisadores suíços citam ainda como objetivo desse trabalho desenvolver capacidades transferíveis para outros gêneros.Para que a criança possa encontrar soluções para sua produção, ela precisa ter um amplo repertório de leituras. Essa possibilidade foi dada à turma de 9º ano da professora Maria Teresa Tedesco, do Centro de Educação e Humanidades Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira – conhecido como Colégio de Aplicação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Procurando desenvolver a leitura crítica de textos jornalísticos e o conhecimento das estruturas argumentativas na produção textual, ela propôs uma atividade permanente: a cada semana, um grupo elegia uma notícia e expunha à turma a forma como ela tinha sido tratada nos jornais. Depois, seguia-se um debate sobre o tema ou a maneira como as reportagens tinham sido veiculadas.Paralelamente, os estudantes tiveram contato com textos de finalidades comunicativas diversas no jornal, como cartas de leitores, editoriais, artigos opinativos e horóscopo. “O objetivo era que eles analisassem os materiais, ref letissem sobre os propósitos de cada um e adquirissem um repertório discursivo e linguístico”, conta Maria Teresa, que lançou um desafio: produzir um jornal mural.Na hora de iniciar uma produção escrita, todo estudante precisa saber o quê, para quê e para quem vai escrever. Só então se define a forma do texto, que precisa ser entendido pelo leitor A proposta era trabalhar com textos opinativos, como os editoriais. Para que a escrita ganhasse sentido, ela avisou que o jornal seria afixado no corredor e que toda a comunidade escolar teria acesso a ele. Os assuntos escolhidos tratavam das principais notícias do momento, como o surto de dengue no Rio de Janeiro e a discussão sobre a maioridade penal. Com as características do gênero já discutidas e frescas na memória, todos passaram à produção individual.A primeira versão foi lida pela professora. “Sempre havia observações a fazer, mas eu deixava que os próprios meninos ajudassem a identificar as fragilidades”, diz Maria Teresa. Divididos em pequenos grupos, os alunos revisaram a produção de um colega, escrevendo um bilhete para o autor com sugestões e avaliando se ela estava adequada para publicação. Eram comuns comentários como “argumento fraco”, “pouco claro” e “falta conclusão”, demonstrando o repertório adquirido com a leitura dos modelos.“Envolver estudantes de 6º a 9º ano na produção textual é um grande desafio”, ressalta Roxane Rojo, da Universidade Estadual de Campinas. “Muitas vezes, eles tiveram de produzir textos sem função comunicativa durante a escolaridade inicial e, por acreditarem que escrever é uma chatice, são mais resistentes.” Atenta, Maria Teresa soube driblar esse problema. Percebendo que a turma andava inquieta com a proibição por parte da direção do uso de short entre as meninas, a professora fez disso tema de um editorial do jornal mural – a produção foi uma das melhores propostas do projeto.“Para que alguém se coloque na posição de escritor, é preciso que sua produção tenha circulação garantida e leitores de verdade”, diz Roxane. E todos saberiam a opinião do aluno sobre a questão, inclusive a diretoria. “Só assim ele assume responsabilidade pela comunicação de seu pensamento e se coloca na posição do leitor, antecipando como ele vai interpretá- lo.” A argumentação da garotada foi tão bem estruturada que a diretoria resolveu voltar atrás e liberar mais uma vez o uso da roupa entre as garotas.A criação de condições didáticas nas propostas para as turmas de 1º a 5º ano segue os mesmos preceitos utilizados pela professora Maria Teresa. “Em qualquer série, como na vida, produzir um texto é resolver um problema”, ensina Telma Ferraz Leal. “Mas para isso é preciso compreender quais são os elementos principais desse problema.”Revisão vai além da ortografia e foca os propósitos do texto Produzir textos é um processo que envolve diferentes etapas: planejar, escrever, revisar e re-escrever. Esses comportamentos escritores são os conteúdos fundamentais da produção escrita. A revisão não consiste em corrigir apenas erros ortográficos e gramaticais, como se fazia antes, mas cuidar para que o texto cumpra sua finalidade comunicativa. “Deve-se olhar para a produção dos estudantes e identificar o que provoca estranhamento no leitor dentro dos usos sociais que ela terá”, explica Fernanda Liberali.
Com a ajuda do professor, as turmas aprendem a analisar se ideias e recursos utilizados foram eficazes e de que forma o material pode ser melhorado. A sala de 3º ano de Ana Clara Bin, na Escola da Vila, em São Paulo, avançou muito com um trabalho sistemático de revisão. Por um semestre, todos se dedicaram a um projeto sobre a história das famílias, que culminou na publicação de um livro, distribuído também para os pais. Dentro desse contexto, Ana Clara propôs a leitura de contos em que escritores narram histórias da própria infância.
Os estudantes se envolveram na reescrita de um dos contos, narrado em primeira pessoa. Eles tiveram de re-escrevê- lo na perspectiva de um observador – ou seja, em terceira pessoa. A segunda missão foi ainda mais desafiadora: contar uma história da infância dos pais. Para isso, cada um entrevistou familiares, anotou as informações colhidas em forma de tópicos e colocou tudo no papel.
Ana Clara leu os trabalhos e elegeu alguns pontos para discutir. “O mais comum era encontrar só o relato de um fato”, diz. “Recorremos, então, aos contos lidos para saber que informações e detalhes tornavam a história interessante e como organizá-los para dar emoção.” Cada um releu seu conto, realizou outra entrevista com o parente-personagem e produziu uma segunda versão.
Tiveram início aí diferentes formas de revisão – análise coletiva de uma produção no quadro-negro, revisão individual com base em discussões com o grupo e revisões em duplas – realizadas dias depois para que houvesse distanciamento em relação ao trabalho. A primeira proposta foi a “revisão de ouvido”. Para realizá-la, Ana Clara leu em voz alta um dos contos para a turma, que identificou a omissão de palavras e informações. A professora selecionou alguns aspectos a enfocar na revisão: ortografia, gramática e pontuação. “Não é possível abordar de uma só vez todos os problemas que surgem”, completa Telma.
O objetivo do aluno ao fazer a revisão de texto é conseguir que ele comunique bem suas ideias e se ajuste ao gênero. Isso tem de ser feito tanto durante a produção como ao fim dela
Quando a classe de Ana Clara se dividiu em duplas, um de seus propósitos era que uns dessem sugestões aos outros. A pesquisadora argentina em didática Mirta Castedo é defensora desse tipo de proposta. Para ela, as situações de revisão em grupo desenvolvem a ref lexão sobre o que foi produzido por meio justamente da troca de opiniões e críticas. “Revisar o que os colegas fazem é interessante, pois o aluno se coloca no lugar de leitor”, emenda Telma. “Quando volta para a própria produção e faz a revisão, a criança tem mais condições de criar distanciamento dela e enxergar fragilidades.”Um escritor proficiente, no entanto, não faz a revisão só no fim do trabalho. Durante a escrita, é comum reler o trecho já produzido e verificar se ele está adequado aos objetivos e às ideias que tinha intenção de comunicar – só então planeja- se a continuação. E isso é feito por todo escritor profissional.A revisão em processo e a final são passos fundamentais para conseguir de fato uma boa escrita. Nesse sentido, a maneira como você escreve e revisa no quadro-negro, por exemplo, pode colaborar para que a criança o tome como modelo e se familiarize com o procedimento. Sobre o assunto, Mirta Castedo escreve em sua tese de doutorado: “Os bons escritores adultos (...) são pessoas que pensam sobre o que vão escrever, colocam em palavras e voltam sobre o já produzido para julgar sua adequação. Mas, acima de tudo, não realizam as três ações (planejar, escrever e revisar) de maneira sucessiva: vão e voltam de umas a outras, desenvolvendo um complexo processo de transformação de seus conhecimentos em um texto”.
Ser autor exige pensar no enredo e na estrutura
O terceiro aspecto fundamental no trabalho de produção textual é garantir que a criança ganhe condições de pensar no todo. Do enredo à forma de estruturar os elementos no papel: é preciso aprender a dar conta de tudo para atingir o leitor. Esse processo denomina-se construção de um percurso de autoria e se adquire com tempo, prática e reflexão.
Os estudos em didática das práticas de linguagem fizeram cair por terra o pensamento de que a redação com tema livre estimula a criatividade. Hoje sabe-se que depois da alfabetização há ainda uma longa lista de aprendizagens. Foi considerando a complexidade desse processo que Edileuza Gomes dos Santos, professora da EM de Santo Amaro, no Recife, desenvolveu um projeto de produção de fábulas com a 3ª série.
Ela deu início ao trabalho investindo na ampliação do repertório dentro desse gênero literário. Só assim foi possível observar regularidades na estrutura discursiva e linguística, como o fato de que os animais são os protagonistas. “Escolhi esse gênero porque ele tem começo, meio e fim bem marcados, algo que eu queria desenvolver na produção da garotada.”
Para que o jovem seja capaz de elaborar um texto com as próprias ideias e dentro das características de um gênero, é preciso que desenvolva um percurso de autoria
A primeira proposta foi o reconto oral de uma fábula conhecida. “Isso envolve organizar ideias e pode ser uma forma de planejar a escrita”, endossa Patricia Corsino, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Quando já dominamos todas as informações de uma narrativa, podemos focar apenas na forma de expor os elementos – mas esse é um grande desafio no início da escolaridade.
Na turma de Edileuza, as propostas seguintes foram a re-escrita individual e a produção de versões de fábulas conhecidas com modificações dos personagens ou do cenário. Aos poucos, todos ganharam condições de inventar situações. A professora percebeu que a turma não entendia bem o sentido da moral da história. Pediu, então, uma pesquisa sobre provérbios e seu uso cotidiano.
Com essa compreensão e um repertório de ditados populares, Edileuza sugeriu a criação de uma fábula individual. Ela discutiu com o grupo que elas geralmente têm como protagonistas inimigos tradicionais (cão e gato ou gato e rato, por exemplo). Estava colocada a primeira restrição para a produção. Em seguida, a classe relembrou alguns provérbios que poderiam ser escolhidos como moral nas histórias criadas.Desde o início, todos sabiam que as produções seriam lidas por estudantes de outra escola, o que serviu de estímulo para bolar tramas envolventes. “Há uma diferença entre escrever textos com autonomia – obedecendo à estrutura do gênero, sem problemas ortográficos ou de coerência – e se tornar autor”, diz Patrícia Corsino. “No primeiro caso, basta aprender as características do gênero e conhecer o enredo, por exemplo. No segundo, é preciso desenvolver ideias.” Para chegar lá, a interação com professores e colegas e o acesso a um repertório literário são fundamentais.Do 6º ao 9º ano, o processo de construção da autoria pode exigir desafios que sejam cada vez mais complexos: a elaboração de tensões na narrativa ou a participação em debates para desenvolver a argumentação, como fez a professora Maria Teresa, do Rio de Janeiro. “A re-escrita, primeiro passo para a construção da autoria, pode vir com propostas de produção de paródias, no caso dos maiores, que exigem mais elaboração por parte das turmas”, diz Roxane Rojo. Uma boa forma de fazer circular textos nessa fase são os meios digitais, como blogs e a própria página do colégio na internet. Os jovens podem se responsabilizar por todas as etapas de produção, inclusive pela publicação, o que os estimula a aprimorar a escrita. Levar os estudantes a se expressar cada vez melhor, afinal, deve ser o objetivo de todo professor.

O que cada um sabe

Analisar detalhadamente a forma como os alunos escrevem é a primeira providência para determinar os pontos que devem ser ensinados
Anderson Moço (novaescola@atleitor.com.br)
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Os problemas mais comuns - e as propostas para resolvê-los. Clique para ampliar
Como foi publicado na edição de janeiro/fevereiro de NOVA ESCOLA, ao longo deste ano vamos dar atenção especial aos conteúdos ligados à produção de texto. Na edição passada, esmiuçamos os preceitos teóricos do tema em nossa reportagem de capa. Agora, época em que o ano letivo engata de vez, discutimos uma prática importantíssima para dar o pontapé inicial ao trabalho: as atividades de diagnóstico. Sobretudo do 3º ao 5º ano do Ensino Fundamental, a prática é indispensável porque as turmas costumam ser bastante heterogêneas: enquanto alguns estudantes demonstram mais familiaridade com os conteúdos gramaticais e a organização textual, outros, recém-alfabéticos, enfrentam dificuldades básicas em questões de ortografia. É claro que nada disso é problema: erros desse tipo são parte do processo de apropriação da linguagem. Mas às vezes as dificuldades são tão alarmantes e variadas que fica a sensação de que não há nem por onde começar...
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Plano de aula
Diagnóstico inicial
A sondagem inicial serve justamente para mostrar - com o perdão do surrado ditado - que o diabo não é tão feio quanto se pinta. "Nos diagnósticos bem feitos, o objetivo não é contabilizar os erros um a um, porém agrupar problemas semelhantes para direcionar o planejamento de atividades capazes de corrigi-los", explica Cláudio Bazzoni, assessor de Língua Portuguesa da prefeitura de São Paulo e selecionador do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10. Em outras palavras, entender as principais dificuldades da turma é fundamental para saber o que é mais importante ensinar. E isso deve ser feito também com as crianças que têm deficiência (leia mais no quadro abaixo).
Inclusão - Deficiência física
Para realizar a sondagem inicial da produção de texto em alunos com deficiência física nos membros superiores, é preciso encontrar alternativas para que as crianças possam escrever. A avaliação deve levar em conta o grau de deficiência - o importante é valorizar o que o estudante faz dentro das suas possibilidades. Para os que conseguem escrever com uma adaptação para o uso do lápis, é possível que os traçados sejam disformes e distantes da representação formal das letras e palavras. Nessa situação, o melhor é não se prender às diferenças de forma - ao contrário, procure se focar no conteúdo, analisando o que o texto revela em termos de compreensão do assunto abordado. Já para aqueles que necessitam da ajuda de um colega para escrever, o ideal é observar a interação entre o aluno com deficiência e o colega, em especial a maneira como ele dita e revisa o que está escrevendo. Em todos os casos, a avaliação nas atividades de produção coletiva se torna ainda mais importante. Nas aulas de revisão, por exemplo, você pode pedir que as crianças com deficiência exponham suas ideias sobre a construção do texto e registrar as falas como uma referência na avaliação.
Uma lista para mapear as dificuldades da turma Antes de começar a atividade, é preciso montar uma lista com os itens que serão analisados. Não podem faltar aspectos relacionados aos padrões de escrita e às características do texto. Do 3º ao 5º ano, o foco deve recair sobre a ortografia e a pontuação e é essencial verificar se a turma conhece e respeita os traços do gênero escolhido (veja na imagem acima um exemplo de diagnóstico com base em alguns dos erros mais comuns nessa fase). Em seguida, você já pode pedir que os alunos escrevam. Não há segredo: como em qualquer proposta de produção escrita, os alunos precisam saber para que vão escrever (ou seja, a intenção comunicativa deve estar bem definida), o que vão escrever (o gênero selecionado) e quem vai ler o material (o destinatário do texto). "Também é importante explicar que essas produções servem para mostrar ao professor como ajudá-los a ser escritores cada vez mais competentes", afirma Soraya Freire de Oliveira, professora da EE Carvalho Leal, em Manaus. Em sua classe de 5º ano, ela propôs que a garotada produzisse uma autobiografia, gênero que vinha sendo trabalhado desde o ano anterior - uma opção válida, já que os estudantes tinham familiaridade com o tipo de texto. Contudo, os especialistas apontam que pode ser ainda mais produtivo sugerir que os alunos recriem, com suas próprias palavras, histórias conhecidas, como uma fábula (leia mais no plano de aula). "Assim, você pode se concentrar nos aspectos que têm de ser melhorados para aproximar o texto que os alunos fazem daquilo que é considerado bem escrito", afirma Cláudio. Com as produções em mãos, Soraya, a professora de Manaus, partiu para a análise, anotando na lista de aspectos sondados quantas vezes cada tipo de erro se repetia nas produções. No fim, descobriu que muitas crianças não utilizavam sinais de pontuação. "Percebi que esse deveria ser o conteúdo prioritário naquele início de ano", ressalta. Do 3º ao 5º ano, a ortografia é um dos problemas comuns O resultado do diagnóstico de Soraya é bastante comum: ortografia e pontuação costumam ser os pontos mais críticos para as crianças dessa faixa etária. "Muitos alunos escrevem do jeito que falam e até inventam palavras", conta Cláudio. Mesmo assim, dizer que a turma tem problemas com "ortografia e pontuação" é vago demais. Quais problemas, especificamente? Faltam vírgulas? Muitos trocam letras? Poucos sabem dividir os parágrafos? Mais uma vez, a sondagem pode ajudar: se os itens analisados forem bem determinados, você saberá com bastante precisão que pontos atacar. É importante lembrar, ainda, que cada conteúdo deve ser abordado por meio de novas propostas de textos, sempre com etapas de revisão. Refletir sobre os aspectos notacionais (relativos às regras de uso da língua) e discursivos (relativos ao contexto de produção) é o jeito mais eficaz de levar os alunos a aprender os padrões de escrita e a superar os problemas que enfrentam ao escrever.

3º Encontro (Gêneros e Tipos Textuais - Unidades 9 e 10)

Aula 09/06/2009

Lembretes:

- Um redator para registrar nossa aula (Ata) (pontos mais importantes/importante anotar as sugestões de aulas).

- Sempre trazer o plano de aula que fez e os comprovantes dos alunos. (portfólio do cursista)

- Registrar elementos importantes da aula e, após dividir com a turma.

1ª parte – Assunto da unidade;
2ª parte – Relato da Lição de Casa;
3º parte – Realização de uma tarefa;
4º parte – Avaliação da oficina;
5ª parte – Próxima aula.

1) A formadora fala e os cursistas interagem.
2) Uma cursista de cada vez expõe como foi sua tarefa (o que deu certo, o que não deu... Enquanto isso os colegas escutam e anotam suas opiniões para, após, dar sugestões à colega ou parabenizá-la.)
3) Escolher uma tarefa das unidades 9 e 10 e criar uma aula. Expor para as colegas. (grupos)
4) Avaliação coletiva.
5) Explicação da próxima aula.


Tópicos importantes das unidades 9 e 10:

- Podemos ler tudo porque tudo é marca textual. (competência sociocomunicativa x intuitivo)

- Leitura não é só decodificação, o leitor não é passivo. De acordo com os conhecimentos prévios haverá emoções, reflexões, nada será inconsciente.

- A criticidade é uma competência que o leitor tem. É uma habilidade a ser desenvolvida, mas ele pode ler e interpretar sabendo reconhecer as marcas. (intuitivo x sistematizado)

- O texto do aluno fala com o professor. Ele fala o que o aluno sabe e o que o aluno precisa aprender.

- A idéia não é reconhecer gênero e sim a intencionalidade por traz do gênero.

Intenção - reflexão - sócio interacionismo

Por exemplo: Procuro alertar meus alunos sobre o desmatamento da Amazônia. Melhor texto? Escolho a tipologia narrativa, mas dentro da narrativa qual o gênero? Poesia, reportagem...(depende do que quero produzir no meu aluno (reflexão sobre o assunto, consciência...))

- Como o professor medeia a aula, ele gera uma reação no aluno. (ensinar a fruição)

- A partir do momento que começamos a ouvir e a conversar com nossos alunos eles passam a querer saber.

- Texto (centro da aprendizagem – pretexto)

decodificação - produzir sentido - significado

- O processo da leitura se dá pela interação do leitor com o texto não é só a decodificação dele, é o processo de reconhecimento dos sentidos, significados explícitos e implícitos da intencionalidade do texto e do meu conhecimento prévio.

O significado do texto não esta só nele. Ele depende das condições da leitura e do leitor. (Nova Escola – Produzir textos sem escrever)

  • PROCESSO DA LEITURA
  • SUJEITO ATIVO
  • DECODIFICÇÃO
  • LEITOR
  • SIGNIFICADO DA LEITURA
  • TEXTO
  • CONHECIMENTO PRÉVIO
  • INTENÇÃO
  • INTERAÇÃO

    - A leitura precisa de planejamento.

    - Existe o indefinível para o aluno. Isso é normal.

    - Quem lê tem idéias, sabe argumentar. Ele internaliza os conhecimentos. Lê as linhas e as entrelinhas.

    SEQUENCIAS TIPOLÓGICAS (FINITOS)

  • NARRATIVO
  • DISSERTATIVO
  • DESCRITIVO
  • INJUNTIVO
  • PREDITIVO

GENEROS (INFINITOS)

  • CARTÃO
  • BULA
  • CONVITE
  • POSTAL...

DOMINIO DISCURSIVO

GÊNERO LITERÁRIO (fruição)

(FUNÇÃO STÉTICA)

  • Épico (poemas de época)
  • Dramático (teatro)
  • Narrativo (ficção)
  • Lírico (poesia)

GÊNERO NÃO LITERÁRIO

(UTILITÁRIOS)

  • Anuncio
  • Propaganda
  • Reportagem
  • Convite...

“A forma de dizer é tão importante quanto aquilo que é dito”.

Identificação dos Cursistas

domingo, 7 de junho de 2009

Cursista 1:

Eu sou a Mari Cristine Pedroso Sanches, feminino, tenho 39 anos, natural de Dom Pedrito, solteira, tenho dois filhos ( gêmeos), professora, trabalho no municipio há 20 anos. Souformada em Letras pela Universidade da Urcamp, desde 1993, procuro realizar um trabalho que leve o aluno a participar socialmente e politicamente sendo critico, responsável e construtivo adotando no dia-a-dia atitudes de solidariedade, cooperação respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito. Leciono na quinta série da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dr José Tude de Godoy. Esta turma tem vinte e sete alunos. Menos da metade não gostam de realizar atividades de leitura, não tendo ajuda dos pais; apesar de já terem sido solicitados aos mesmos que incentivassem a leitura em casa. Cerca de vinte alunos apresentam dificuldade na ortografia, acentuação e estrutura textual, os demais escrevem bem, mas não possuem um vocabulário rico. A turma não possui o hábito de analisar e revisar o próprio texto. Sua leitura é fluente em mais da metade dos alunos, entretanto tem um número reduzido que lê com dificuldade, troca de letras e pausadamente. Na interpretação um número pequeno que não consegue extrair as informações explicitas ou não do tema abordado. Considerando essas lacunas, que alguns possuem espero encontrar no Gestar II o caminho para desenvolver o interesse pela leitura e escrita. que seja feita de uma forma prazerosa e agradável e não sacrificada. Contribuindo assim para o crescimento e formação de um individuo cidadão, capaz de confrontar os textos lidos com outros textos e opiniões posicionando-se criticamente diante deles.

Cursista 2:

Eu sou Nilvea Simões Martins, sexo feminino, 46 anos, natural de Dom Pedrito, casada. Possuo 3 filhaas, sou professora do Ensino Fundamental, licenciada em Letras pela Urcamp/Bagé, atuo nas escolas municipais Tude de Godoy e Alcides Maia nas seguintes turmas: 5ª, 6ª, 7ª e 8ª série. A dificuldade que percebo com relação ao ensino da Língua Portuguesa é que os alunos não valorizam a sua língua, diga-se, também, a sua Pátria, suas origens.Há uma falta, muito grande, de civismo. Talvez tivéssemos que modificar ou adequar o currículo diante da atual realidade. Como aluna do Gestar II, penso que sempre há muito o que aprender e, não podemos deixar de aproveitar as oportunidades de crescimento que nos são ofertadas.

Cursista 3:

Sandra Cavalheiro Soares conta atualmente 43 anos de idade, é natural de Dom Pedrito , RS, solteira, não tem filhos; atua como professora titular na 6ª, 7ª e 8ª séries em escola da rede municipal de Ensino Fundamental Completo Argeny de Oliveira Jardim. Com formação em licenciatura plena em Letras com habilitação em Português e Literatura pela URCAMP ( Universidade da Região da Campanha). Paralelamente atua como professora na rede estadual de ensino com a EJA (Educação de Jovens e Adultos).Em 2008 teve a primeira oportunidade de participar de curso de Formação Continuada no AEE (Atendimento Educacional Especializado)a distância.Pretende aprimorar as práticas pedagógicas e profissionais na 8ª série na escola municipal aplicando os conhecimentos e desenvolvendo atividades propostas pelo projeto Gestão da Aprendizagem Escolar, Gestar II.A turma tem um número considerável de 14 alunos o que facilitará muito o atendimento mais direcionado às reais necessidades desta;a classe conta com alunos que não têm acesso à leitura fora da escola, as tarefas são sempre realizadas durante o processo na sala de aula, uma vez que as lições de casa não são muito levadas a sério e não tem aproveitamento maior, devido a falta de recursos e incentivo da família;acredita-se que com o apoio dos formadores do Gestar II serão adotadas estratégias mais eficazes e o ambiente proporcionado será aquele espaço prazeroso, de partilha; onde os alunos trabalharão de forma cooperativa e coletiva em busca da construção e da apropriação do conhecimento. Sendo o curso de aperfeiçoamento e atualização, que garante a qualidade no processo ensino-aprendizagem, baseado numa concepção sócio-construtivista, espera-se positivamente que o professor conhecendo seus alunos, investigando e refletindo adote novas formas didático-pedagógicas em seus atuais projetos educativos. Desde já agradece a todos que colaboraram para que este programa se concretizasse e lisonjeada aguarda pelo convívio fraternal e amigável com os colegas cursistas e formadores em que este curso de grande valia desenvolver-se-á.

Cursista 4:

Meu nome é Zoila Maria Bueno Martins, pertenço ao sexo feminino, tenho 44 anos, nasci em Dom Pedrito , sou casada e tenho 2 filhos. Sou professora, no momento atuo como vice-diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Alda Seabra. Sou formada em Letras (licenciatura em Língua Portuguesa e Literatura) pela Universidade da Região da Campanha (URCAMP). Não tenho outros cursos relacionados à educação, pelo menos, não recentes. Estou no magistério desde que comecei a trabalhar, há 24 anos.Atuo na Escola Estadual de Ensino Médio Nossa Senhora do Patrocínio, este ano com Literatura nos 3 anos do ensino médio. Até o ano passado, sempre trabalhei com Língua Portuguesa nos primeiros anos. Na Escola Alda Seabra, hoje sou vice-diretora, mas já trabalhei com Língua Portuguesa na 6ª, 7ª e 8ª série do ensino fundamental. Minhas turmas eram bastante heterogêneas, alguns alunos tinham facilidade para leitura e interpretação; outros, bastante dificuldade. Nas questões onde era cobrada a gramática, ortografia e produção de texto, aqueles, normalmente se saiam bem, enquanto estes, desinteressavam-se cada vez mais pelos estudos. Creio que a dificuldade na aprendizagem está na falta de motivação tanto por parte do aluno quanto do professor; e, espero que o Gestar II auxilie a mim e as minhas colegas a sanar este problema que vem nos atingindo há tempo devido às dificuldades encontradas para nos dedicarmos a um aperfeiçoamento das nossas próprias habilidades e competências.

Cursista 5:

Eu sou Vanessa Adolfo Maria de Vargas, sexo feminino, tenho 28 anos, brasileira, casada, sem filhos e professora. No momento, tenho pela manhã 7ª e 8ª e à tarde 1º ano, as turmas da manhã são na Escola Municipal Alexandre Vieira e a da tarde é na Escola Estadual Alzira Barcellos.Sou formada em Letras- habilitação Português e Espanhol e respectivas Literaturas- pela URCAMP- Universidade da Região da Campanha-e recentemente fiz um curso de Pós-Graduação lato sensu de Educação Especial e Práticas Inclusivas promovido pela Portal Faculdades, visando qualificar-me para melhor atender meus alunos. Dentro do magistério já atuei com 1º ano, 3ª , 5ª , 6ª , 7ª e 8ª séries, no ensino médio tive turmas de 1º, 2º e 3º anos.Escolhi para aplicar os conhecimentos adquiridos no GESTAR II a turma de 8ª série da escola Alexandre Vieira, por se tratar de uma turma madura, com diversos níveis de aprendizagem, bastante assídua, com alguns casos de repetência, participativos na maioria das vezes.Tenho observado que enquanto professora de Língua Portuguesa tento transmitir aos alunos uma visão crítica do mundo, fazendo com que pensem na sua realidade, analisem e tentem transformá-la. Mas, muitas vezes desespero-me pois percebo que eles avançam sem ter estrutura para isto, e demonstrando total descaso para com os estudos, o conteúdo visto em sala de aula precisa ser repassado em casa e isto não acontece.Espero que o GESTARII me ajude a fazer com que meus alunos aprendam sem precisar rever o conteúdo em casa, pois isto eles não fazem mesmo, e que alguns motivem-se a continuar estudando.

Cursista 6:

Meu nome é Débora Colman Machado Ferreira, sou uma mulher de 28 anos, natural de Dom Pedrito, solteira, não tenho filhos, sou professora, cursei magistério, e fiz faculdade de Letras com habilitação Português e Espanhol na URCAMP de Dom Pedrito.
Antes de ingressar no serviço público fui Supervisora do censo 2007 do IBGE, também trabalhei como professora substituta e particular.
Atuo na Escola Municipal de Ensino Fundamental Argeny de Oliveira Jardim com a disciplina de Português nas 5° e 6° séries no turno da manhã, e também com uma turma de alunos de 2° ano no turno da tarde.
São turmas com alunos de várias idades, alguns com histórias de vida sofridas, seja pela situação econômica ou pelo descaso dos pais com a sua educação.
Acredito que a dificuldade na aprendizagem apresentada pelos alunos, seja pelo fato de muitos ainda não conseguirem ler de forma adequada.
Alguns deles chegam á 5° série sem saber ler e interpretar sozinhos. Fato esse que dificulta a aprendizagem e faz com que a maioria imagine a Língua Portuguesa como sendo uma disciplina difícil.
Com esse pensamento eles criam uma barreira que se torna quase intransponível pelo professor. Somente uma aula criativa e diferenciada pode chamar a atenção desses alunos e fazê-los entender que a dificuldade existe em todas as situações das nossas vidas, mas que a nossa inteligência faz com que consigamos superá-la.
Os alunos que conseguem ler e interpretar assimilam a disciplina mais facilmente.

Cursista 7:

Meu nome é Nara Núbia Schardong Cardosonatural de Carazinho / RS.Estudei e residi na minha cidade natal até 1976. Neste ano, fui residir em Santa Maria onde,permaneci até 1987. Concluí o ensino médio - Magistério - na Escola Estadual Olavo Bilac.Chegando a Dom Pedrito em 1987, depois de haver trabalhado no comércio santamariense por quatro anos, iniciei trabalando como auxiliar de escritório e ingressei na Faculdade deLetras em Bagé. Me formei em 1991 e só fui chamada a lecionar em 1997.Fui nomeada para a zona rural em uma escola que estava recebendo implantação progessista das séries finais do ensino fundamental inclusive trabalhando com português e educação física.Completei minha faculdade com licenciatura em Espanhol, que foi oferecida em Bagé, nosfinais de semana.Atualmente trabalho com Espanhol e História nas quatro séries finais e Português em oitava série.Não apraz-me a idéia de voltar a residir na zona urbana, uma vez que casei-me e tive dois filhos,dos quais a menina hoje com dez anos, estuda na escola onde trabalho e ambos, ela e o menino que completou três anos no mês corrente, gozam de muita liberdade, uma vida saudável na zona rural.AbraçoNara Núbia Schardong Cardoso.

Cursista 8:

Meu nome é Nilza Mara Pereira, sou do sexo feminino e tenho 31 anos de idade. Nasci na cidade de Arroio do Tigre, de onde saí com 17 anos. Meu estado civil é “solteira”, mas vivo com um companheiro há três anos e não tenho filhos. Sou professora de Português e atualmente exerço a profissão na cidade de Dom Pedrito.
Formei-me em Letras pela Universidade Federal de Santa Maria no ano de 2003. Durante a faculdade, atuei em vários projetos, destacando bolsas de trabalho em secretaria no Hospital Universitário de Santa Maria e bolsa de pesquisa pelo programa de Licenciaturas da universidade (projetos de redação e português como língua estrangeira). Nessa ocasião, participei de vários congressos e seminários de pesquisa, como ouvinte e, especialmente, apresentando trabalhos. Possuo também várias publicações em anais e na Revista do Curso de Letras da UFSM.
Em 2004, entrei no programa de Pós-Graduação da UFSM, na modalidade mestrado (Estudos Literários – Literatura Portuguesa), com apoio da bolsa Capes/Cnpq. Ainda no ano de 2004, estudei na Universidade Estadual de Campinas através de um convênio existente entre UFSM e UNICAMP, terminando o curso em 2006, com apresentação da dissertação “A Utilização do Elemento Grotesco na Construção do Discurso da Obra O Conquistador de Almeida Faria”.
Minha primeira atuação como professora foi em julho de 2007, quando fui nomeada para o Ensino Fundamental de Dom Pedrito. Desde então, trabalho com 5ª e 6ª séries. No primeiro ano, trabalhei na Escola Alda Seabra; já no ano seguinte, pedi transferência para a Escola Alexandre Vieira, onde leciono atualmente. Trabalho com três turmas, uma de 6ª série, com 37 alunos e duas 5ª séries, que somam 50 alunos. Entre essas turmas, escolhi a 5ª série A para a aplicação das técnicas trocadas no curso Gestar II.
Essa turma é formada por 25 alunos, apresentando relativos problemas de disciplina e aprendizado. O que me fez optar por ela é uma característica bastante específica e que já se repetiu no ano passado: existe uma divisão entre os alunos, as meninas e meninos ocupam cada grupo um lado da sala de aula e não há integração, nem mesmo em trabalhos em grupo.
Meu objetivo é conseguir vencer essa diferença, unindo a turma e melhorando o aprendizado. Enquanto aluna do Gestar II, espero encontrar, junto a meus colegas, uma resposta para os problemas que enfrentamos na educação, assim como pressupostos teóricos na área da prática pedagógica, na qual possuo muitas carências em vista de não possuir o curso secundário de magistério e da pouca experiência em sala de aula.

Cursista 9:

Um pouquinho de mim - Meu nome é Tirzá Madruga Machado Moraes, tenho trinta e oito anos, sou natural de Dom Pedrito,Sou casada, Tenho dois filhos: o Tayan e a Taline. Desde criança, sempre gostei de ensinar, divertia-me muito com meus alunos imaginários Fui uma aluna como todas as outras, estudei na escola Alzira Barcellos da 1° à 5° série, após fui estudar na Escola Nossa Senhora do Horto, como era uma escola particular, realizava pequenos serviços para ajudar a pagar meus estudos. Estudando nessa escola descobri que escrevia muito bem, e a secretária da escola disse que eu deveria cursar a faculdade de Letras. Achei que ela estava certa e assim fiz. Cursei a faculdade de letras em Bagé, na Urcamp, o o começo foi difícil pois não havia conseguido crédito educativo, pensei até em desistir porque não queria sacrificar meu pai, mas com a graça de Deus logo fui contemplada com o crédito e tudo ficou mais fácil. No último ano da faculdade, fui nomeada para lecionar na zona rural do município de Dom Pedrito enfrentei mais dificuldades, pois estudava à noite na cidade de Bagé e lecionava na campanha, em Dom Pedrito e para chegar até a escola dependia de carona. Muitas vezes parei na estrada e chorei. Depois de certo tempo, vim trabalhar na escola Anna Riet onde estou há quinze anos. Mais tarde ingressei na faculdade e conclui o curso de Língua estrangeira, espanhol. Prestei concurso para o estado e fui nomeada para o ensino fundamental, trabalhei durante um ano na escola Urbano das Chagas, então, fui nomeada para o ensino médio, optei por este e fui trabalhar na escola Bernardino Ângelo, onde atuo hoje. Trabalho com 7° e 8° séries (Língua Portuguesa) e de 5° à 8° séries (Língua Espanhola) na escola do município e leciono no ensino médio, totalidade 8 e 9 na escola do estado como professora de Língua Portuguesa. Sou uma professora apaixonada pelo que faço, reconheço que trabalhar com a disciplina de Língua Portuguesa não é fácil, temos muitos trabalhos para corrigir, muitas atividades realizadas fora do nosso horário de trabalho, sem contar com a imensa dificuldade que os alunos têm para lidarem com a língua, tais como: dificuldade para interpretar, produzir textos, falta do hábito de leitura em consequência disso a escrita deixa a desejar. Acredito que todos os professores deveriam unirem-se na tentativa de mudar esse quadro que não diz respeito só as aulas de Língua Portuguesa, mas é competência de todas as disciplinas , pois em todas elas necessita-se ler, compreender e escrever.Espero que o "Gestar" aumente meus conhecimentos e me torne uma professora melhor já que amor pelo que faço, requisito básico para competência profissional, este eu possuo.

Cursista 10:

Meu nome é Simone Silva Alves, sexo feminino, tenho 38 anos de idade, sou natural de Dom Pedrito, sou casada e tenho um filho.
Sou professora, graduada em Letras, Habilitação em Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Língua Espanhola e respectivas Literaturas, pela URCAMP (Universidade da Região da Campanha). No momento atuo como coordenadora pedagógica e professora de Língua Portuguesa, no Ensino Fundamental e Filosofia, no Ensino Médio. Participei de diversos cursos de Língua Estrangeira (Inglês e Espanhol), bem como ministrei outros tantos. Tenho dezessete anos de Magistério Público Municipal e nove de Magistério Público Estadual. No município, já lecionei em classes multisseriadas na zona rural. Atuei em todas as séries do Ensino Fundamental e também do Ensino Médio. Trabalhei em escolas particulares de Ensino Médio e de Educação Infantil. Tive também, a oportunidade de trabalhar durante quatro anos na Secretaria Municipal de Educação onde exerci a função de coordenadora pedagógica da área de Língua Portuguesa e Estrangeira, desenvolvendo vários projetos, entre eles uma Biblioteca Itinerante e um Projeto de Incentivo à Leitura nas escolas municipais da zona urbana.
No momento exerço as funções de coordenadora pedagógica e professora de Língua Portuguesa na 8ª série da Escola Alcides Maia e professora de Filosofia no 1º ano e de Língua Portuguesa no 2º ano do Ensino Médio do Colégio Cândida Corina Taborda Alves.
Percebo que os alunos têm uma imensa dificuldade no uso a Língua Portuguesa devido ao fato de não gostarem de ler e de escrever. É uma questão de hábito e se nós como professores soubermos trabalhar a leitura e a escrita de forma persistente e incessante, conseguiremos, sim, resultados positivos. A maior dificuldade que encontro com relação aos meus alunos é que não conseguem perceber a utilidade do estudo da língua para suas vidas, por isso não aprendem e não querem aprender, achando tudo muito difícil, principalmente em se tratando de verbos. Outra dificuldade é o fato de não conseguirem expressar, através da escrita, seus pensamentos. Não apresentam apenas problemas ortográficos, mas estruturais como coerência, coesão, lógica, sentido e concordância.
Minhas expectativas com relação ao Gestar II são de aquisição de métodos e sugestões de atividades que facilitem o meu trabalho junto aos meus alunos em sala de aula com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino.

2º Encontro Introdutório

Dia 03/06/2009



Mensagem...







O GUIA GERAL...

http://www.smec.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-educar/ensino-fundamental/ensino-fundamental/publicacoes/fundamental-II/gestar%20II%20guia_geral.pdf

1º Encontro Introdutório

O que é o GESTAR ?

http://c/Documents%20and%20Settings/USER/Desktop/Gestar%20II.htm


Video Motivacional